Saiba quanto tempo leva para o INSS liberar benefícios, os fatores que influenciam os prazos e dicas para agilizar o processo
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é responsável por garantir diversos benefícios aos trabalhadores brasileiros, como aposentadorias, pensões e auxílios. Contudo, o tempo médio de espera para a liberação desses benefícios é uma questão que preocupa muitos cidadãos. Entender os prazos estipulados, os motivos de eventuais atrasos e as ações que podem ser tomadas para acelerar o processo é essencial para quem depende dessa assistência.
Quanto tempo o INSS demora para liberar um benefício?
A legislação brasileira estabelece que o INSS deve concluir a análise de benefícios em até 45 dias após o requerimento, conforme previsto no artigo 41 da Lei nº 8.213/91. Esse prazo, contudo, pode variar dependendo do tipo de benefício solicitado e das circunstâncias específicas de cada caso.
Benefícios de aposentadoria: Geralmente, aposentadorias por idade, por tempo de contribuição e especiais podem levar mais tempo devido à necessidade de verificar documentos como tempo de trabalho, contribuições e possíveis períodos de atividade insalubre.
Auxílio-doença e Auxílio-acidente: Esses benefícios exigem perícia médica, o que pode impactar o prazo, especialmente em locais onde há grande demanda.
Pensão por morte: Normalmente analisado em menor tempo, mas pode sofrer atrasos caso existam dúvidas sobre dependentes ou documentação incompleta.
Fatores que influenciam o tempo de espera
Vários fatores podem influenciar o tempo de espera para a liberação de um benefício do INSS:
Alta demanda: O aumento no número de solicitações, como ocorre em períodos de crises econômicas, pode sobrecarregar o sistema e causar atrasos.
Pendências documentais: Documentos incompletos, inconsistências ou necessidade de comprovação adicional podem ampliar significativamente o tempo de análise.
Fila de perícias: Para benefícios que exigem avaliação médica, a disponibilidade de datas para a perícia é um elemento determinante.
Mudanças nas normas: Alterações legais ou operacionais dentro do INSS podem gerar reanálises e ajustes nos processos.
Regiões com mais atrasos: Locais com menos estrutura ou maior volume de pedidos tendem a ter prazos mais longos.
Estatísticas recentes sobre os prazos do INSS
De acordo com dados recentes, o tempo médio de espera para análise de benefícios do INSS pode ultrapassar os 90 dias em muitos casos, especialmente para aposentadorias. Em estados com alta demanda e menos servidores, como São Paulo e Rio de Janeiro, a espera pode ser ainda maior.
Além disso, atrasos relacionados à pandemia de COVID-19, quando muitos serviços presenciais foram suspensos, contribuíram para o acúmulo de pedidos e ampliação das filas.
Consequências dos atrasos para os segurados
Os atrasos na liberação de benefícios podem trazer impactos significativos, especialmente para aqueles que dependem do valor para sustentar suas famílias ou arcar com despesas médicas. Isso pode gerar endividamento, dificuldades no acesso a tratamentos e prejuízos emocionais para os segurados.
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Como acompanhar o processo e evitar atrasos?
Os segurados podem adotar algumas medidas para acompanhar o status do pedido e evitar atrasos:
Acompanhe pelo Meu INSS: O aplicativo e o site Meu INSS permitem que o segurado veja o andamento do seu pedido, envie documentos pendentes e receba notificações sobre a análise.
Documentação completa: Certifique-se de que todos os documentos exigidos estão corretos e legíveis no momento do requerimento.
Fique atento às notificações: O INSS pode pedir informações adicionais ou esclarecimentos. Responda o mais rápido possível para evitar paralisações.
Agendamento de perícia: Para benefícios que exigem perícia, marque a data logo após a solicitação e compareça pontualmente.
O que fazer em caso de demora excessiva?
Se o tempo de espera ultrapassar o prazo legal de 45 dias, o segurado tem algumas opções para tentar resolver o problema:
Contato com o INSS: Ligue para o número 135 ou compareça a uma agência para solicitar informações sobre o atraso.
Reclamação na Ouvidoria: A Ouvidoria do INSS é um canal importante para formalizar reclamações e solicitar providências.
Ação judicial: Em casos de atrasos injustificados, o segurado pode entrar com uma ação judicial para garantir o direito ao benefício. A Justiça, em muitos casos, determina o pagamento imediato, inclusive com correção monetária pelos atrasos.
Medidas do INSS para reduzir a fila de espera
O INSS tem adotado estratégias para diminuir o tempo de espera, como:
Contratação de temporários: A contratação de servidores temporários para reforçar o atendimento e análise de pedidos.
Digitalização de serviços: O Meu INSS permite que muitas solicitações sejam feitas online, sem a necessidade de deslocamento até uma agência.
Mutirões de análise: Em algumas ocasiões, o INSS realiza mutirões para analisar processos acumulados.
Ampliação de peritos: O aumento do número de peritos médicos tem sido uma demanda constante para reduzir o tempo de espera em benefícios que exigem avaliação.
Dicas para agilizar o pedido
Organize seus documentos: Antes de solicitar o benefício, reúna toda a documentação necessária, como comprovantes de contribuição, atestados médicos, RG, CPF, entre outros.
Faça simulações no Meu INSS: Use a plataforma para verificar sua elegibilidade antes de formalizar o pedido.
Considere a ajuda de um especialista: Advogados previdenciários ou contadores podem ajudar a evitar erros que possam atrasar o processo.
O tempo de espera para a liberação de benefícios do INSS varia de acordo com o tipo de solicitação, a demanda e a qualidade da documentação apresentada. Embora o prazo legal seja de 45 dias, na prática, muitos segurados enfrentam atrasos significativos. Para minimizar os impactos, é essencial manter os documentos em ordem, acompanhar o processo de perto e utilizar os recursos disponíveis para resolver pendências rapidamente.
Com as mudanças tecnológicas e os esforços do INSS para digitalizar serviços, há esperança de que os prazos sejam reduzidos no futuro. Entretanto, estar bem informado e preparado continua sendo a melhor forma de garantir que o benefício seja liberado no menor tempo possível.