Mais de R$2,5 bilhões renegociados pelo Desenrola Brasil

Data: 25/08/2023
Por: Estela

Dívidas sendo renegociadas pelo Desenrola Brasil. Saiba como participas do programa e ter as contas “aliviadas”

O Programa Emergencial de Renegociação de Dívidas de Pessoas Físicas Inadimplentes, conhecido como “Desenrola Brasil“, está apresentando resultados significativos, tendo alcançado um volume financeiro de mais de R$ 2,5 bilhões em repactuação de dívidas. Essa marca foi atingida especificamente na Faixa 2 do programa, que engloba a renegociação de mais de 400 mil contratos de dívidas. A divulgação desses resultados foi feita pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Conforme a agência de notícias do Governo Federal, a Faixa 2 do programa abrange a renegociação de débitos com instituições financeiras para pessoas com renda de até R$ 20 mil, sem um limite máximo para o valor das dívidas. Isso significa que é possível refinanciar dívidas relacionadas a bens como imóveis e veículos. Os devedores que se enquadram nessa categoria podem entrar em contato diretamente com os bancos para iniciar as negociações.

No mesmo período, cerca de 3,5 milhões de registros de clientes com dívidas bancárias de até R$ 100 foram retirados da lista de negativados pelas instituições financeiras. Isso não implica no perdão da dívida, mas permite que o devedor deixe de ter o nome restrito, possibilitando a obtenção de novos empréstimos e a realização de operações financeiras, como fechar contratos de aluguel.

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O Ministério da Fazenda estima que o Desenrola Brasil pode beneficiar até 70 milhões de pessoas. As políticas e condições para adesão ao programa são definidas pelas próprias instituições financeiras que optam por participar. Cada instituição tem autonomia para estabelecer os termos para a renegociação das dívidas, de acordo com suas políticas internas.

Vale ressaltar que o período de adesão ao programa se estende até o dia 31 de dezembro, permitindo que os interessados aproveitem a oportunidade de repactuar suas dívidas e regularizar sua situação financeira. O “Desenrola Brasil” surge como uma medida que visa aliviar o impacto econômico da inadimplência, oferecendo opções para que os indivíduos possam equilibrar suas finanças e retomar sua capacidade de acesso ao crédito e serviços financeiros.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) divulgou um novo relatório do programa de renegociação de dívidas chamado Desenrola Brasil, que foi iniciado em 17 de julho. De acordo com a Febraban, o programa do governo federal resultou na renegociação de R$ 2,5 bilhões em dívidas por meio de 400 mil contratos e na remoção da negativação de 3,5 milhões de devedores com débitos de até R$ 100 em apenas duas semanas.

O programa “Desenrola Brasil” é uma promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Seu objetivo é organizar um esforço conjunto para renegociar as dívidas de pessoas físicas, visando retirá-las da lista de inadimplentes e revitalizar o potencial de consumo da população. Esses resultados são baseados nas renegociações da Faixa 2 do programa, que visa solucionar as dívidas de pessoas físicas com dívidas financeiras negativas até 31 de dezembro de 2022 e renda de até R$ 20 mil.

Além disso, foi realizada a desnegativação das dívidas de até R$ 100 como parte do compromisso dos bancos com o programa. Isso implica que, se o devedor não possuía outras dívidas em aberto, seu status “negativo” nos sistemas de crédito foi removido. Inicialmente, o Ministério da Fazenda havia estimado que cerca de 1,5 milhão de pessoas seriam beneficiadas por essa medida, mas essa meta foi superada já na primeira semana do programa Desenrola.

Vale destacar que a desnegativação não equivale a perdão da dívida; o débito permanece existindo, porém, os bancos se comprometem a não incluir os devedores em listas de inadimplentes. Nas primeiras duas semanas do programa Desenrola Brasil, mais de R$ 2,5 bilhões em dívidas foram renegociados apenas na Faixa 2, um valor quatro vezes maior do que na primeira semana. Mais de 400 mil contratos de dívida foram renegociados nesse período. A adesão ao programa está aberta até 31 de dezembro.

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Divisão em faixas

A faixa 1 do programa Desenrola contempla indivíduos com renda de até R$ 2.640 (dois salários mínimos) ou aqueles inscritos no Cadastro Único do governo federal (CadÚnico). Essa faixa se destina a renegociar dívidas financeiras e não financeiras de até R$ 5 mil, acumuladas entre 1º de janeiro de 2019 e 31 de dezembro de 2022.

A operação da faixa 1 começará em setembro. As instituições financeiras precisarão se cadastrar na plataforma digital do programa para iniciar as renegociações. Detalhes específicos sobre datas ainda não foram fornecidos. Em agosto, o governo realizará um leilão para determinar quais credores serão contemplados, com vantagem para os que oferecerem maiores descontos.

Atualmente, a maioria das dívidas negativadas no país (66,3%) não é com bancos, mas sim com varejistas e empresas de serviços como água, gás e telefonia. Portanto, o governo planeja leilões abrangentes divididos por setores para negociar múltiplas dívidas simultaneamente. Os credores com maiores descontos terão prioridade para participar do programa.

 

Reprodução

O programa não abrange casos como dívidas com garantia real, dívidas de crédito rural, dívidas de financiamento imobiliário e operações com risco de terceiros.

A renegociação das dívidas ocorrerá por meio de uma plataforma digital, onde o devedor usará seu login do portal gov.br. Após isso, ele poderá escolher uma instituição financeira participante do programa para a renegociação, optando por pagamento à vista ou em parcelas. As condições incluem taxa de juros de 1,99%, parcela mínima de R$ 50, pagamento em até 60 vezes, primeira parcela após 30 dias e prazo de carência mínimo de 30 dias e máximo de 59 dias.

O pagamento das parcelas poderá ser feito por débito em conta, PIX ou boleto bancário. Os devedores também terão acesso a um curso de educação financeira.

Caso haja inadimplência após a renegociação, o devedor poderá voltar a ter seu nome negativado.

Benefícios para você

O programa Desenrola Brasil oferece uma série de benefícios para os devedores e a economia em geral. Alguns desses benefícios incluem:

  1. Renegociação de Dívidas: O programa permite que pessoas com dívidas em atraso possam renegociá-las de maneira mais acessível, com condições de pagamento facilitadas e descontos, ajudando a aliviar o peso das dívidas acumuladas.
  2. Remoção de Negativação: Uma das principais vantagens é a possibilidade de retirar o nome do devedor da lista de inadimplentes, o que permite que eles recuperem sua capacidade de obter crédito, alugar imóveis, realizar compras parceladas e ter uma situação financeira mais estável.
  3. Retomada do Consumo: Ao sair da lista de inadimplentes, os devedores podem voltar a consumir produtos e serviços de forma mais normalizada, o que pode impulsionar a economia e o comércio.
  4. Estímulo ao Crédito: Com dívidas renegociadas e o nome limpo, os devedores têm mais chances de acessar crédito e empréstimos, o que pode ser útil para investir em projetos pessoais ou para lidar com emergências financeiras.
  5. Redução do Estresse Financeiro: A possibilidade de renegociar dívidas e limpar o nome traz um alívio ao estresse financeiro que muitos devedores enfrentam, permitindo que foquem em outras áreas de suas vidas.
  6. Educação Financeira: O programa pode oferecer aos devedores acesso a cursos e recursos de educação financeira, ajudando-os a entender melhor como gerenciar suas finanças e evitar futuros endividamentos.
  7. Incentivo à Regularização: Ao oferecer vantagens para a renegociação de dívidas, o programa incentiva os devedores a regularizarem suas situações financeiras, o que pode contribuir para uma maior saúde financeira a longo prazo.
  8. Estímulo à Economia: Com mais pessoas saindo da inadimplência, há uma possibilidade de aumento do consumo, o que pode impactar positivamente diversos setores da economia.
  9. Evita Ações Judiciais: A renegociação de dívidas através do programa pode evitar processos judiciais e execuções, o que é benéfico tanto para os devedores quanto para os credores.
  10. Cidadania Financeira: O programa promove a inclusão financeira e dá uma chance para que pessoas com dívidas possam recuperar sua cidadania financeira e participar plenamente da economia.

No geral, o Desenrola Brasil busca oferecer oportunidades para que pessoas endividadas possam se reorganizar financeiramente e recuperar sua estabilidade econômica, ao mesmo tempo em que estimula a economia como um todo.

 

Reprodução/Pixabay

População Endividada

O aumento da população endividada no Brasil tem sido uma preocupação recorrente nos últimos anos. Vários fatores têm contribuído para esse cenário, incluindo flutuações econômicas, políticas governamentais, desemprego e mudanças no comportamento de consumo. Alguns dos principais motivos para o aumento da população endividada no Brasil são os seguintes:

  1. Instabilidade Econômica: A economia brasileira passou por períodos de instabilidade, incluindo recessões e baixo crescimento, o que pode afetar a renda das famílias e aumentar a propensão ao endividamento.
  2. Desemprego e Subemprego: Altas taxas de desemprego e subemprego reduzem a capacidade das pessoas de pagar suas dívidas e podem levá-las a recorrer a empréstimos para cobrir suas despesas básicas.
  3. Acesso Fácil ao Crédito: A oferta de crédito fácil e rápido pode incentivar o endividamento excessivo, especialmente quando não há um planejamento adequado das finanças pessoais.
  4. Cultura do Consumo: A cultura de consumo impulsionada pelo marketing e pela publicidade pode levar as pessoas a gastarem mais do que podem pagar, resultando em endividamento.
  5. Empréstimos e Financiamentos: A necessidade de adquirir bens de alto valor, como carros e imóveis, muitas vezes leva as pessoas a recorrerem a empréstimos e financiamentos, o que pode aumentar sua carga de dívidas.
  6. Cartões de Crédito: O uso inadequado de cartões de crédito, sem um controle rigoroso dos gastos, pode levar ao acúmulo de dívidas com taxas de juros elevadas.
  7. Mudanças no Mercado de Trabalho: A transformação no mercado de trabalho, incluindo a crescente informalidade, pode tornar a renda mais variável e incerta, dificultando o planejamento financeiro.
  8. Juros Elevados: As altas taxas de juros praticadas no Brasil podem ampliar o montante devido, tornando difícil para os devedores quitarem suas dívidas.
  9. Emergências e Imprevistos: Situações de emergência, como problemas de saúde ou acidentes, podem levar as pessoas a buscar empréstimos para cobrir despesas inesperadas.
  10. Falta de Educação Financeira: A falta de educação financeira pode contribuir para o mau gerenciamento das finanças pessoais, resultando em endividamento excessivo.

O aumento da população endividada tem impactos significativos na vida das pessoas, podendo levar ao estresse financeiro, à restrição de acesso a crédito e a um ciclo vicioso de dívidas. Para enfrentar esse cenário, é essencial promover a educação financeira, buscar opções de renegociação de dívidas e adotar práticas de consumo consciente e planejamento financeiro adequado. Além disso, políticas governamentais e medidas econômicas podem influenciar a redução do endividamento da população.

O “vilão” Cartão de Crédito

O cartão de crédito desempenha um papel significativo no surgimento de dívidas para muitas pessoas devido à sua conveniência e facilidade de uso. No entanto, se não for utilizado de forma responsável, pode levar ao endividamento excessivo. Aqui estão algumas maneiras de tomar cuidado com o uso do cartão de crédito e evitar o acúmulo de dívidas:

  1. Estabeleça um Limite de Gastos: Defina um limite mensal de gastos para o seu cartão de crédito com base na sua capacidade de pagamento. Evite exceder esse limite para não gastar mais do que pode pagar.
  2. Use Apenas em Casos Necessários: Reserva o uso do cartão de crédito para situações de emergência ou compras maiores e planejadas. Evite usá-lo para gastos cotidianos, como alimentação ou itens pequenos.
  3. Acompanhe os Gastos: Mantenha um registro detalhado de todas as transações feitas com o cartão de crédito. Isso ajuda a controlar os gastos e a evitar surpresas quando a fatura chegar.
  4. Pague o Valor Total da Fatura: Sempre que possível, pague o valor total da fatura do cartão de crédito até a data de vencimento. Isso evita a cobrança de juros e o acúmulo de dívidas.
  5. Evite Pagamento Mínimo: O pagamento mínimo da fatura pode levar ao pagamento de juros altos sobre o saldo remanescente. Tente sempre pagar mais do que o valor mínimo para reduzir o montante devido.
  6. Conheça as Taxas e Juros: Esteja ciente das taxas de juros associadas ao seu cartão de crédito. Se possível, opte por um cartão com taxas mais baixas.
  7. Pague na Data Certa: Evite atrasos no pagamento da fatura, pois isso pode resultar em taxas de atraso e aumento do valor da dívida.
  8. Evite Saques em Dinheiro: Evite fazer saques em dinheiro com o cartão de crédito, pois geralmente envolvem taxas e juros mais altos do que as compras regulares.
  9. Compare Ofertas de Cartões: Antes de escolher um cartão de crédito, compare as ofertas disponíveis em termos de taxas, benefícios e recompensas. Escolha aquele que melhor atenda às suas necessidades e hábitos de consumo.
  10. Tenha um Plano de Pagamento: Se você tiver uma despesa grande que precisará parcelar, crie um plano de pagamento que se ajuste ao seu orçamento e à sua capacidade de pagamento.

Lembrando sempre que o cartão de crédito é uma ferramenta financeira que pode ser útil quando usada com responsabilidade. O cuidado no uso do cartão de crédito, juntamente com uma compreensão sólida das finanças pessoais, pode ajudar a evitar o acúmulo de dívidas e a manter suas finanças sob controle.

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