Aposentadoria é uma fase da vida desejada por muitos, mas entender como funciona para quem teve experiência tanto no setor público quanto no setor privado pode ser complexo. Conhecer as regras e as formas de combinar esses períodos de contribuição é fundamental para assegurar os melhores benefícios e evitar surpresas. Neste artigo, vamos abordar tudo o que você precisa saber sobre a aposentadoria para quem trabalhou nos dois setores, explicando as modalidades, o cálculo dos benefícios e como o segurado pode garantir um planejamento adequado.
Antes de falar sobre a aposentadoria para quem trabalhou no setor público e privado, é importante entender os dois principais regimes de previdência no Brasil:
No passado, a legislação proibia a soma do tempo de contribuição entre RGPS e RPPS para efeitos de aposentadoria. Entretanto, com o passar dos anos e diversas reformas na previdência, foram criadas possibilidades para que o trabalhador utilize o tempo contribuído nos dois regimes.
A possibilidade de combinar contribuições em regimes diferentes é conhecida como aposentadoria híbrida ou aposentadoria com tempo de serviço combinado. Nessa modalidade, o trabalhador pode somar o tempo contribuído no RGPS e no RPPS para atingir os requisitos de aposentadoria, observando algumas condições específicas.
Para aqueles que optam por se aposentar pelo RGPS, ou seja, pelo INSS, a soma do tempo de contribuição em ambos os regimes pode ser usada para preencher os requisitos de tempo de contribuição ou idade mínima. Após a Reforma da Previdência de 2019, as principais modalidades de aposentadoria pelo INSS são:
Para aqueles que pretendem se aposentar pelo RPPS, as regras costumam ser mais específicas e podem variar conforme o ente federativo. Em geral, os regimes próprios têm exigências de idade mínima e tempo de contribuição, que pode variar para homens e mulheres. As regras incluem:
O tempo de contribuição no setor privado e no setor público é contabilizado de forma independente, mas com a Certidão de Tempo de Contribuição (CTC), é possível transferir esse tempo entre os regimes. Essa certidão é emitida pelo órgão responsável do RPPS e permite que o tempo de serviço seja considerado no RGPS, ou vice-versa. Para obter a CTC, o servidor deve:
É importante destacar que o tempo de contribuição não pode ser contado duas vezes. Uma vez emitida a CTC, esse período é excluído do regime de origem e passa a ser considerado apenas no regime de destino.
Com a reforma, a média salarial para calcular o benefício leva em conta todos os salários desde julho de 1994. No caso de trabalhadores que passaram por ambos os setores, o cálculo é feito considerando os valores de contribuição de ambos os regimes, após a transferência pela CTC.
No INSS, o cálculo da aposentadoria é feito com base em 60% da média salarial, acrescido de 2% por ano que excede os 20 anos de contribuição para homens e 15 anos para mulheres. Já nos regimes próprios, o cálculo varia de acordo com o ente e, para servidores que ingressaram antes de 2003, pode haver integralidade e paridade — possibilidade de receber o último salário da ativa como base para a aposentadoria.
Servidores públicos que ingressaram após a reforma de 2013, em muitos casos, não têm direito à aposentadoria integral e estão sujeitos ao teto do RGPS. Para garantir um benefício superior, existe a Previdência Complementar, na qual servidores podem contribuir para planos de previdência, como o Funpresp (Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal), recebendo um benefício adicional. Na iniciativa privada, trabalhadores também podem optar por planos de previdência privada (PGBL ou VGBL).
Para quem deseja solicitar a aposentadoria considerando o tempo de contribuição no setor público e privado, o primeiro passo é:
Para garantir que o processo de aposentadoria híbrida ocorra da melhor forma possível, é essencial:
A aposentadoria para quem trabalhou no serviço público e na iniciativa privada traz desafios, mas também muitas possibilidades. Com as novas regras e a possibilidade de combinar o tempo de contribuição nos diferentes regimes, o segurado tem uma alternativa interessante para otimizar seu benefício. Para garantir que todos os requisitos sejam atendidos e evitar atrasos, é essencial planejar com antecedência e contar com o suporte especializado, assegurando um processo tranquilo e o melhor benefício possível.
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