Dinheiro de volta: entenda o cashback da reforma tributária e como ele pode beneficiar você

Data: 10/02/2025
Por: Bernardo

Descubra como a devolução de impostos prevista na nova proposta pode impactar o seu bolso e a economia do país

A reforma tributária, tema que tem movimentado o cenário político e econômico brasileiro, traz consigo uma série de mudanças significativas na forma como pagamos impostos. Uma das novidades que mais tem chamado a atenção é o cashback, um sistema de devolução de impostos que promete aliviar o bolso de milhões de brasileiros e impulsionar a economia. Mas como exatamente esse sistema funciona? Quem tem direito? Quais os seus impactos?

Neste guia completo, vamos mergulhar a fundo no cashback da Reforma Tributária, desvendando seus mecanismos, benefícios e desafios, para que você esteja bem informado sobre essa importante mudança que pode impactar diretamente a sua vida financeira.

O que é o cashback da reforma tributária?

Imagine que, ao fazer suas compras do mês, uma parte do dinheiro gasto com impostos retornasse para sua conta. É exatamente essa a ideia por trás do cashback da reforma tributária. Trata-se de um mecanismo que prevê a devolução de parte dos impostos pagos sobre o consumo de bens e serviços para famílias de baixa renda.

Essa devolução, inspirada em modelos já adotados em outros países, visa a tornar o sistema tributário brasileiro mais justo e eficiente, combatendo a regressividade que onera excessivamente os mais pobres. Afinal, no sistema atual, as famílias de baixa renda acabam pagando proporcionalmente mais impostos do que as mais ricas, já que a maior parte da sua renda é destinada ao consumo de produtos e serviços essenciais.

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Como o cashback vai funcionar?

A proposta de Reforma Tributária prevê a criação de um sistema de cashback com as seguintes características:

1. Elegibilidade:

  • O cashback será destinado a famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), com renda per capita de até meio salário mínimo. Essa faixa de renda abrange uma parcela significativa da população brasileira, que mais sofre com a carga tributária regressiva.

2. Cálculo do benefício:

  • O valor do cashback será calculado com base nos impostos pagos sobre o consumo de bens e serviços. Atualmente, a proposta é que a devolução seja feita sobre o Imposto sobre Valor Agregado (IVA) dual, que substituirá o ICMS e o ISS.
  • A alíquota de devolução e os produtos que darão direito ao cashback ainda serão definidos por lei complementar, mas a expectativa é que sejam priorizados os itens essenciais, como alimentos, medicamentos e transporte público.

3. Forma de pagamento:

  • Os valores do cashback serão devolvidos periodicamente aos beneficiários, possivelmente a cada três meses.
  • A forma de pagamento ainda está em debate, mas as opções mais prováveis são: depósito em conta bancária, crédito em carteira digital ou cartão pré-pago.

4. Tecnologia e controle:

  • A expectativa é que o sistema utilize tecnologias digitais para garantir a eficiência e a transparência do processo, com plataformas online para consulta de saldo, extrato de pagamentos e acompanhamento das devoluções.
  • É provável que o sistema seja integrado a outras bases de dados governamentais, como o CadÚnico e a Receita Federal, para evitar fraudes e garantir que o benefício chegue aos seus verdadeiros destinatários.
Reprodução/Pixabay

Quais os benefícios do cashback?

A implementação do cashback na reforma tributária promete trazer uma série de benefícios para a sociedade brasileira, tanto do ponto de vista social quanto econômico:

1. Alívio para as famílias de baixa renda:

  • O cashback proporcionará um alívio significativo no orçamento das famílias de baixa renda, que poderão utilizar o dinheiro devolvido para cobrir despesas essenciais, como alimentação, moradia, saúde e educação.
  • Esse alívio financeiro pode contribuir para a redução da pobreza e da desigualdade social, além de melhorar a qualidade de vida de milhões de brasileiros.

2. Estímulo ao consumo e à economia:

  • Ao devolver parte dos impostos pagos, o cashback incentivará o consumo das famílias de baixa renda, injetando recursos na economia e estimulando o crescimento do comércio e da indústria.
  • Esse aumento do consumo pode gerar um ciclo virtuoso, com a criação de novos empregos e o aumento da renda, contribuindo para o desenvolvimento econômico do país.

3. Justiça social e tributária:

  • O cashback representa um passo importante na direção de um sistema tributário mais justo e progressivo, que onere menos aqueles que ganham menos.
  • Ao reduzir a carga tributária sobre os mais pobres, o cashback contribui para a diminuição da desigualdade social e para a construção de uma sociedade mais justa e equilibrada.

4. Modernização do sistema tributário:

  • A implementação do cashback exige a modernização do sistema tributário, com a utilização de tecnologias digitais para garantir a eficiência e a transparência do processo.
  • Essa modernização pode trazer benefícios para toda a sociedade, com a simplificação do pagamento de impostos e a redução da burocracia.

5. Aumento da arrecadação:

  • Apesar de devolver parte dos impostos, o cashback pode contribuir para o aumento da arrecadação tributária a longo prazo.
  • Com o estímulo ao consumo e ao crescimento econômico, a base de contribuintes tende a aumentar, gerando mais receita para o governo.

Desafios e críticas ao cashback

Apesar dos benefícios, a implementação do cashback na reforma tributária também enfrenta alguns desafios e críticas:

1. Custo de implementação:

  • A criação de um sistema de cashback exige investimentos em tecnologia, infraestrutura e pessoal, o que pode gerar custos significativos para o governo.
  • É preciso garantir que esses custos sejam compensados pelos benefícios do programa, como o aumento da arrecadação e a redução da desigualdade social.

2. Complexidade operacional:

  • A operacionalização do cashback pode ser complexa, exigindo a integração de diferentes sistemas e bases de dados, além da criação de mecanismos eficientes de controle e fiscalização.
  • É fundamental que o sistema seja simples e transparente, para evitar fraudes e garantir que o benefício chegue aos seus verdadeiros destinatários.

3. Possibilidade de distorções:

  • Alguns críticos argumentam que o cashback pode gerar distorções no mercado, incentivando o consumo de produtos menos essenciais em detrimento de outros mais importantes.
  • Para evitar esse problema, é importante que a alíquota de devolução e os produtos que darão direito ao cashback sejam cuidadosamente definidos, priorizando os itens essenciais para as famílias de baixa renda.

4. Sustentabilidade fiscal:

  • A sustentabilidade fiscal do cashback é outro ponto que gera preocupação. É preciso garantir que o programa não gere um desequilíbrio nas contas públicas, comprometendo o financiamento de outras políticas sociais importantes.
  • Para isso, é fundamental que o programa seja bem planejado e que seus custos sejam compensados pelos benefícios gerados.

O futuro do cashback

O cashback da reforma tributária ainda é uma proposta em debate, mas tem grande potencial para transformar a realidade social e econômica do Brasil. Se implementado de forma eficiente e transparente, o programa pode contribuir para a redução da pobreza, o estímulo ao consumo, a justiça social e a modernização do sistema tributário.

É importante que a sociedade brasileira acompanhe de perto o debate sobre a reforma tributária e o cashback, participando ativamente da construção de um sistema tributário mais justo e eficiente para todos.

Mantenha-se informado sobre as novidades da reforma tributária e do cashback, acompanhando as notícias e os debates sobre o tema. O futuro do Brasil e o seu bolso agradecem!

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